Durante grande parte do mês de maio, o nível do Guaíba permaneceu acima do limite de inundação, estabelecido em 3,6 metros. Na estação da Usina do Gasômetro, localizada no centro da cidade, os registros apontaram uma marca de 5,33 metros, indicando um cenário de alerta que só foi amenizado na última sexta-feira, dia 7.
A área da Usina do Gasômetro, conhecida por abrigar diversas repartições públicas, foi uma das mais atingidas pelas enchentes. Nas imagens captadas, é possível observar prédios como a Câmara Municipal, o Centro Administrativo Fernando Ferrari e edificações do Poder Judiciário cercados pelas águas.
Além disso, os estádios Beira-Rio e Arena do Grêmio foram completamente tomados pela enchente, assim como os parques Jaime Lerner e Harmonia, localizados próximos à orla. As autoridades municipais calculam um prejuízo de bilhões de reais para Porto Alegre, entre perdas na arrecadação e despesas com reconstrução, sem contar os impactos na iniciativa privada.
Segundo informações da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes, enxurradas e deslizamentos em quase todos os municípios gaúchos. Em Porto Alegre, estima-se que cerca de 157,7 mil indivíduos foram diretamente impactados, com milhares de edificações inundadas e empresas afetadas.
No setor educacional, dezenas de escolas públicas e privadas foram atingidas, assim como várias unidades de saúde que sofreram com as consequências do desastre ambiental. A situação é grave e requer medidas urgentes por parte das autoridades locais para minimizar os danos e ajudar as comunidades afetadas a se recuperarem.
