Confrontos armados no estado de Rakhine em Mianmar resultam na morte de dezenas de civis e preocupam a ONU

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, expressou sua profunda preocupação com a escalada de violência em Mianmar, também conhecida como Birmânia. Em um comunicado emitido nesta quinta-feira, Guterres condenou veementemente os relatos de dezenas de civis mortos pelas forças armadas birmanesas.

Segundo o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, o secretário-geral está particularmente alarmado com os recentes ataques que teriam ocorrido no estado de Rakhine e na região de Sagaing. Os confrontos na região têm se intensificado desde que o Exército Arakan (AA) atacou as forças da junta militar em novembro, pondo fim a um cessar-fogo que vigorava desde o golpe de estado em 2021.

As ações da AA visam buscar maior autonomia para a população étnica de Rakhine, que inclui aproximadamente 600 mil membros da minoria muçulmana Rohingya, que têm sido alvo de perseguições. Recentemente, foi reportado que mais de 70 civis em Rakhine foram mortos pelas tropas da junta militar em um ataque à aldeia de Byain Phyu, ao norte da capital Sittwe.

Além dos relatos de violência, as autoridades também cortaram os serviços de comunicações, internet e telefone em largas áreas de Rakhine, dificultando a divulgação de informações e ajuda humanitária. A situação na região é extremamente preocupante e tem levado a um aumento da pressão internacional sobre o governo birmanês.

A comunidade internacional, representada pela ONU e outros países, têm apelado por um fim imediato à violência e pelo respeito aos direitos humanos em Mianmar. Antonio Guterres reiterou seu compromisso em trabalhar para garantir a segurança e proteção dos civis na região e exigiu que as autoridades birmanesas cessem imediatamente os ataques contra sua própria população.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo