No período, foram aplicados R$ 362,5 bilhões na poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas somaram R$ 5,2 bilhões, contribuindo para o aumento do saldo.
A situação positiva observada em maio contrasta com o mesmo período do ano anterior, quando os brasileiros sacaram R$ 11,7 bilhões a mais do que depositaram na poupança. Em 2023, a caderneta enfrentou uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões devido ao alto endividamento da população.
A manutenção da taxa Selic em patamares elevados também influencia os saques na poupança, visto que os investidores buscam alternativas com melhor desempenho. Durante o período de março de 2021 a agosto de 2022, o Copom do Banco Central realizou 12 aumentos consecutivos na taxa básica de juros, em resposta ao cenário de alta inflação.
Em contrapartida, o ano de 2020 registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões na poupança, influenciada pela instabilidade do mercado financeiro no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial. Em 2021, a retirada líquida foi de R$ 35,49 bilhões.
Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,5% ao ano, e diante das expectativas de inflação acima da meta, o Banco Central optou por manter a taxa nesse patamar. A autoridade monetária enfrenta um cenário macroeconômico desafiador, o que reforça a importância do acompanhamento dos investimentos para garantir rendimentos satisfatórios.