O dólar comercial encerrou o pregão desta sexta-feira (7) valendo R$ 5,324, com uma alta significativa de R$ 0,074 (1,42%). O dia começou com a moeda em queda, mas a situação mudou drasticamente após a divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Durante a tarde, a divisa estava na faixa de R$ 5,29, porém disparou nas últimas horas de negociação.
Esse valor do dólar é o mais alto desde 5 de janeiro de 2023, quando chegou a fechar em R$ 5,35. Em apenas uma semana de junho, a moeda norte-americana teve um acréscimo de 1,4%, acumulando uma alta de 9,71% em 2024.
Por sua vez, o mercado de ações também foi afetado por turbulências, com o índice Ibovespa, da B3, fechando em 120.782 pontos, uma queda de 1,72%. Esse índice atingiu o menor nível desde novembro do ano passado, demonstrando a preocupação dos investidores com o panorama econômico.
Diversos fatores, tanto internos quanto externos, contribuíram para essa instabilidade nos mercados. No cenário internacional, a divulgação de que a economia dos Estados Unidos criou 272 mil empregos fora do setor agrícola em maio teve impacto direto no mercado financeiro. Esse desempenho melhor do que o esperado aumentou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) possa reduzir os juros em apenas uma vez neste ano, em vez das duas vezes esperadas inicialmente.
Ademais, fatores internos, como a emissão de uma medida provisória que visa arrecadar R$ 29,2 bilhões com a limitação do PIS e da Cofins, também influenciaram nas negociações. A instabilidade política gerada por esse cenário colaborou para o clima de incerteza nos mercados.
Diante desse contexto complexo, os investidores permanecem atentos às movimentações econômicas e políticas, buscando se adaptar às constantes mudanças e desafios apresentados. A volatilidade nos mercados financeiros segue como uma das principais preocupações dos agentes econômicos em um cenário ainda incerto.
