O estudo coordenado por Lyra propõe uma mudança no tratamento convencional da doença, substituindo-o pelo tratamento intralesional, que consiste na aplicação do medicamento diretamente na lesão. Após dois anos de monitoramento de dois grupos de pacientes com leishmaniose cutânea no Rio de Janeiro, o estudo demonstrou uma eficácia de 83% na cura com o tratamento intralesional, em comparação com os 68% do tratamento convencional.
A pesquisa recebeu apoio de diversas instituições, incluindo a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Brasília (UNB) e outras, ampliando sua relevância nacional. A leishmaniose é uma doença tropical causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pelo mosquito-palha. Existem dois tipos da doença: cutânea, que causa feridas na pele, e visceral, que afeta órgãos internos e é potencialmente fatal se não tratada.
O novo tratamento proposto pelo estudo de Lyra traz benefícios significativos, como menor letalidade e efeitos colaterais reduzidos em comparação ao tratamento convencional. Além disso, o tratamento intralesional é mais econômico e eficaz, contribuindo para a melhoria da saúde pública. O reconhecimento do trabalho de Lyra em importantes congressos da área é um estímulo para implementar mudanças necessárias na abordagem da leishmaniose.
Um paciente beneficiado pelo novo tratamento foi Fernando Correa Losada, que experimentou uma resposta positiva ao tratamento intralesional e obteve a cura da leishmaniose. Seu caso exemplifica os benefícios do novo método terapêutico, que oferece uma alternativa mais segura e eficaz para os pacientes afetados por essa doença debilitante. É crucial que mais recursos sejam direcionados para pesquisas e tratamentos inovadores que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes com leishmaniose cutânea.