Forças Armadas de Israel revelam a identidade de oito mortos em ataque a escola da UNRWA; 17 vítimas eram terroristas

As Forças Armadas de Israel revelaram, nesta sexta-feira, as identidades de oito das vítimas fatais do ataque à escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), que resultou em cerca de 40 mortes na quinta-feira. De acordo com Israel, 17 pessoas apontadas como terroristas foram mortas durante a operação.

A identificação dos mortos teve início no dia anterior, quando o porta-voz militar Daniel Hagari divulgou um vídeo listando nove dos supostos terroristas. Ele afirmou que esses indivíduos estavam envolvidos no ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro e que a autorização para o ataque foi baseada em informações de inteligência sólidas.

A lista de mortos apresentada pelos militares israelenses inclui membros operacionais do Hamas e da Jihad Islâmica. A maioria é categorizada como “agente” de um dos grupos, sugerindo participação nas operações, mas sem ocupar um cargo de comando. Alguns são identificados como parte das forças Nukbah, a elite do Hamas.

Mesmo com a crise gerada pelo bombardeio, as atividades militares em solo não cessaram. As forças israelenses realizaram disparos contra alvos em diferentes áreas da Faixa de Gaza, resultando em seis mortes e seis feridos em um campo de refugiados de al-Maghazi, de acordo com fontes médicas.

Em comunicado, o Exército israelense confirmou que continua com suas operações nas regiões leste de al-Bureij e leste de Deir al-Balah, eliminando dezenas de terroristas, descobrindo túneis e destruindo infraestruturas terroristas na região, assim como em Rafah, no sul da Faixa.

Com o conflito chegando ao oitavo mês, não há indícios de uma resolução iminente, principalmente devido à resistência das autoridades israelenses em negociar uma solução diplomática que envolva a manutenção do Hamas no poder em Gaza. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, planeja viajar novamente ao Oriente Médio na próxima semana para tentar impulsionar as conversas.

Além disso, fora das ações militares e das tentativas de mediação lideradas por EUA, Catar e Egito, a pressão contra Israel tem aumentado. O país foi incluído na “lista da vergonha” das Nações Unidas por violações dos direitos das crianças durante o conflito em Gaza, uma decisão que foi duramente criticada pelas autoridades israelenses.

Diante desse cenário, Gilbert Erdan expressou profundo choque e repúdio pela inclusão de Israel nessa lista. Ele afirmou que o Exército israelense é o mais moral do mundo e que essa decisão imoral ajuda o terrorismo e premia o Hamas. A tensão no Oriente Médio persiste, e a busca por uma solução pacífica continua sendo um desafio enfrentado por todas as partes envolvidas.

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