Funcionários da ONU são sequestrados por rebeldes houthis no Iêmen, aumentando tensões com o Irã.

A tumultuada situação no Iêmen ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, com a confirmação da Organização das Nações Unidas (ONU) de que 11 de seus funcionários estão “detidos” por rebeldes huthis no país. A organização internacional fez um apelo pela libertação incondicional desses trabalhadores, que estavam exercendo suas funções em solo iemenita.

De acordo com informações da organização iemenita de direitos humanos Mayyun, pelo menos 18 cidadãos do país foram sequestrados por serviços de segurança ligados aos insurgentes. Além disso, uma fonte diplomática, que preferiu não se identificar, confirmou que funcionários de diversas agências da ONU também foram alvo dos sequestros promovidos pelos huthis.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que a organização está empenhada em garantir a libertação segura e incondicional dos colaboradores detidos o mais rápido possível. Até o momento, os rebeldes huthis não se pronunciaram sobre o ocorrido e a situação permanece delicada.

O sequestro dos funcionários da ONU e de outras organizações humanitárias ocorreu em várias regiões controladas pelos huthis, como Saná, Hodeida, Amran e Saada. Essas ações ressaltam o perigo enfrentado pelos trabalhadores humanitários no Iêmen, que vive uma grave crise humanitária decorrente da guerra civil que assola o país.

Os huthis, grupo apoiado pelo Irã, assumiram o controle da capital iemenita em 2014, desencadeando uma intervenção militar liderada pela Arábia Saudita. A região vive uma instabilidade política e social, tornando o trabalho dos profissionais internacionais ainda mais desafiador.

Diante desse cenário turbulento, a comunidade internacional aguarda por respostas construtivas dos rebeldes huthis e apela pela libertação imediata e segura dos funcionários detidos, visando a preservação da paz e dos direitos humanos no Iêmen.

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