A Polícia Civil destacou que, até o momento, não existem evidências suficientes para concluir que a morte da ex-sinhazinha seja considerada como homicídio. Portanto, o caso está sendo tratado como “morte a esclarecer”. O delegado ressaltou que, com base nos elementos colhidos até o momento, não há um claro nexo de causalidade entre o óbito e a ação de terceiros que justificasse um possível indiciamento.
Desde o falecimento de Djidja Cardoso, em 28 de maio, várias informações têm circulado nas redes sociais, especialmente vídeos gravados pela família durante o uso de ketamina, um anestésico veterinário com potencial para causar dependência química. Atualmente, tanto o irmão da vítima, Ademar Cardoso, quanto a mãe dela, Cleusimar Cardoso, estão em prisão preventiva por suspeita de diversos crimes, como tráfico ilegal de drogas, charlatanismo e estupro.
A Operação Mandrágora, realizada pela Polícia Civil, resultou nas prisões de Ademar Cardoso, Cleusimar Cardoso, Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva, todas envolvidas com a distribuição ilegal de ketamina entre os funcionários do salão de beleza Belle Femme. As investigações apontam para práticas criminosas envolvendo o fornecimento de substâncias perigosas por parte do grupo, que também estava ligado a uma seita religiosa.
Segundo informações da polícia, a família seguia a seita denominada ‘Pai, Mãe, Vida’, baseada no livro Cartas de Cristo, que defendia o uso de drogas como forma de alcançar poderes e conexões espirituais. No entanto, a defesa familiar nega qualquer ligação com a seita e afirma que os membros são dependentes químicos necessitados de tratamento.
Com a repercussão do caso e a série de acusações envolvendo a família, a Polícia Civil continua a investigar para esclarecer todas as circunstâncias relacionadas à morte de Djidja Cardoso. A sociedade aguarda por respostas concretas e justas diante dessa situação complexa e perturbadora.