Ministro Gilmar Mendes dá prazo de 10 dias para governo de SP se manifestar sobre escolas cívico-militares em ação de oposição.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 10 dias para o governo de São Paulo se pronunciar sobre a implementação das escolas cívico-militares no estado. A decisão foi tomada em resposta a uma ação movida pela bancada de oposição ao governador Tarcísio de Freitas, questionando a constitucionalidade da medida.

A criação das escolas cívico-militares foi aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) há duas semanas e já foi sancionada pelo governador. Agora, o ministro Gilmar Mendes aguarda a manifestação do governo estadual, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de tomar sua decisão final sobre o caso.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), autor da ação, argumenta que a intenção do projeto é substituir o sistema público de educação, em vez de promover a coexistência dos dois modelos, como afirmado pelo governo paulista. Segundo o PSOL, o objetivo do projeto é substituir gradualmente os profissionais da educação por militares, escolhidos de forma discricionária pela Secretaria da Segurança Pública.

Por outro lado, o governo estadual defende que o modelo de escolas cívico-militares visa melhorar a qualidade do ensino, conforme medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A proposta é que a presença de militares nas escolas contribua para a melhoria dos índices educacionais e para a formação cidadã dos alunos.

A decisão de Gilmar Mendes é aguardada com expectativa, uma vez que terá impacto direto na implementação das escolas cívico-militares em São Paulo. Enquanto o governo e a oposição apresentam argumentos divergentes, cabe ao Supremo Tribunal Federal analisar cuidadosamente a constitucionalidade e os possíveis efeitos dessa medida na educação do estado.

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