De acordo com Fernando Penna, a pesquisa está aberta a todos os educadores, desde os profissionais da educação básica até os do ensino superior, tanto da rede privada quanto pública. O questionário pode ser acessado e preenchido online através do site do observatório, e a expectativa é de que os resultados ajudem na formulação de medidas por parte do Ministério da Educação e dos governos estaduais e municipais.
Além disso, o Observatório pretende elaborar um documento técnico para estabelecer um canal de denúncias em parceria com o Disque 100, visando contribuir para a proteção dos educadores que sofrem violência. Também está em desenvolvimento um protocolo de acolhimento jurídico e psicológico para essas vítimas, em parceria com a sociedade civil e sindicatos.
A pesquisa pretende criar um banco de dados para estimar a violência contra educadores em todo o país, com a meta de alcançar 3,5 mil respondentes. Até o momento, cerca de 400 educadores já preencheram o formulário, mostrando um engajamento inicial positivo. Palestras e apresentações sobre a pesquisa estão sendo realizadas em diversas localidades, como na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, buscando ampliar a participação e conscientização sobre a importância do tema.
A iniciativa conta com a colaboração de diversas instituições de ensino, como a Uerj, UFRJ, IFRJ e UFABC, e já recebeu apoio do vice-reitor da UFF, Fabio Barboza Passos, e do coordenador geral em Políticas Educacionais em Direitos Humanos do MEC, Erasto Fortes Mendonça.
O Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es é um projeto de extensão da UFF que envolve pesquisadores de diversas instituições e estudantes de graduação e pós-graduação, em parceria com a Secadi do Ministério da Educação. A expectativa é de que os dados coletados possam subsidiar a criação de políticas eficazes para garantir a proteção e o bem-estar dos educadores no Brasil.
