Uma iniciativa da organização não governamental (ONG) Movimento Amplia está apoiando estudantes de baixa renda negros, pardos e indígenas que não conseguiram a isenção da taxa de inscrição. A campanha Amplia Enem 2024 arrecada recursos para custear o valor da inscrição de alunos que se encaixam nesse perfil.
A proposta da ONG é promover a equidade racial e social no acesso ao Enem, buscando garantir que mais estudantes afrodescendentes e indígenas participem do exame. Segundo o diretor de Comunicação do movimento, Lucas Assani, a taxa de inscrição de R$ 85 pode ser muito alta para famílias de baixa renda, e é nesse contexto que a campanha se faz importante.
Com o objetivo de garantir a inscrição de pelo menos 600 estudantes no Enem 2024, o Movimento Amplia conta com doações de voluntários. Os interessados em contribuir podem realizar Pix para a chave contato@movimentoamplia.org.br, com o valor mínimo de R$ 85, e incluir a descrição “Amplia Enem 2024”.
Os estudantes que desejam receber o apoio da ONG devem realizar a inscrição no Enem 2024 até a sexta-feira (7) e preencher o formulário disponível no site do Movimento Amplia, enviando os documentos necessários para comprovar a necessidade de auxílio.
O Movimento Amplia, criado em 2020, já pagou mais de 2.420 inscrições do Enem e ajudou 490 candidatos somente na última edição. A ONG destaca que, dos estudantes apoiados, 82% se autodeclararam negros ou indígenas. Além disso, outras ações do Movimento têm impactado a vida de mais de 4 mil estudantes em todo o país.
O Enem, criado em 1998, é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. Suas notas são utilizadas em programas como Sisu, Prouni, Fies e também por instituições de ensino em Portugal. O exame é fundamental para o acesso ao ensino superior e para a promoção da equidade educacional no país.
