Os setores mais afetados foram os de insumos agropecuários, com uma redução de 39,1%, seguido pelo setor metalmecânico, com queda de 24,4%, e pneumáticos e borrachas, com uma diminuição de 18,2%. Outros segmentos como têxteis, vestuário, madeira, cimento e vidro também apresentaram quedas nas vendas.
Apesar da situação crítica, o governo do RS afirmou que todos os setores analisados já estão apresentando sinais de retomada após o momento mais adverso da crise causada pelas chuvas. A região mais impactada foi a Fronteira Noroeste, com uma queda de 63,2% nas vendas industriais, seguida pelo Alto do Jacuí, Vale do Rio dos Sinos, Vale do Taquari e Vale do Caí.
A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também foi afetada, registrando uma queda de R$ 640 milhões em maio em relação ao projetado para o ano. A situação é preocupante, especialmente considerando que 16% dos estabelecimentos contribuintes do ICMS no RS estão localizados em áreas atingidas pelas enchentes.
O impacto da tragédia climática sobre o PIB do Rio Grande do Sul e da economia nacional ainda não foi completamente mensurado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um crescimento de 2,5% do PIB brasileiro no primeiro trimestre deste ano, mas não considerou ainda os efeitos das chuvas no estado gaúcho.
Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o quinto estado com maior PIB do país, contribuindo com 5,9% para a economia nacional. A expectativa é que os impactos das enchentes e enxurradas tenham reflexos mais significativos nos próximos meses, conforme novas pesquisas mensais sejam divulgadas.
