O sildenafil atua aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis, o que ajuda os homens a manterem ereções. Os cientistas acreditam que esse mesmo efeito pode ocorrer no cérebro, resultando em benefícios para a função cerebral. Essa descoberta é especialmente valiosa para pacientes que sofrem de demência vascular, uma condição desencadeada pela restrição do fluxo sanguíneo para o cérebro e que causa sintomas como confusão, problemas de concentração e dificuldade em manter o equilíbrio.
O neurologista Alastair Webb, autor do estudo em Oxford, afirmou que os resultados representam uma inovação mundial. Ele destacou que o sildenafil conseguiu melhorar o fluxo sanguíneo e a capacidade de resposta dos vasos sanguíneos do cérebro em pacientes com demência vascular, um avanço significativo no tratamento dessa condição.
O estudo envolveu 75 participantes que sofreram um acidente vascular cerebral leve e apresentavam sinais de doença leve a moderada de pequenos vasos, um indicador precoce de demência vascular. Além disso, outros estudos científicos também apontaram para outros possíveis usos do princípio ativo do Viagra, como o tratamento do Alzheimer.
Essas descobertas abrem caminho para novas pesquisas e possíveis aplicações terapêuticas do Viagra, demonstrando o potencial dessa substância além do seu uso tradicional para disfunção erétil. É importante ressaltar que mais estudos são necessários para confirmar os benefícios do sildenafil no tratamento e prevenção da demência e de outras condições cerebrais.