Coreia do Sul retoma campanhas de propaganda em direção à Coreia do Norte após lançamento de balões com lixo.

A tensão entre as Coreias do Sul e do Norte atingiu um novo patamar neste domingo, com a retomada das campanhas de propaganda por meio de alto-falantes em direção ao vizinho do Norte. Essa ação foi uma resposta de Seul aos mais de 300 balões carregados de lixo lançados por Pyongyang em território sul-coreano nas últimas horas. O gabinete presidencial havia anunciado previamente essa medida, considerando-a uma “medida correspondente” às ações do país vizinho.

O Exército sul-coreano executou a transmissão por alto-falante neste domingo, conforme anunciado pelo Estado-Maior Conjunto de Seul. A continuidade dessas transmissões dependerá das ações da Coreia do Norte. A intenção por trás dessa propaganda é transmitir mensagens de “luz e esperança” ao Exército e à população norte-coreanos, apesar das dificuldades que possam ser impostas ao regime de Kim Jong-Un.

As tensões entre as duas Coreias vêm crescendo, especialmente após Pyongyang retomar o envio de balões com lixo em direção ao Sul, em resposta aos panfletos de propaganda contra o governo norte-coreano enviados por ativistas sul-coreanos. A suspensão por parte de Seul de um acordo militar de distensão assinado em 2018 permitiu o retorno dos exercícios de disparos reais e das campanhas de propaganda contra o governo do Norte com os alto-falantes na fronteira.

A utilização de campanhas de propaganda por meio de alto-falantes é uma prática comum em momentos de tensão entre as Coreias. A última vez que isso foi feito foi em 2016, após um teste nuclear norte-coreano. No entanto, especialistas apontam que a retomada dessas mensagens pode aumentar o risco de um conflito armado, com a Coreia do Norte podendo retaliar de diversas formas, incluindo com disparos no mar Amarelo.

Diante desse cenário de crescente tensão, a situação na península coreana permanece instável, com a Coreia do Sul adotando medidas para se proteger de possíveis represálias por parte da Coreia do Norte. A comunidade internacional acompanha de perto o desenrolar desses eventos, temendo uma escalada militar na região.

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