Na França, o Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen e Jordan Bardella obteve uma vitória expressiva, com 31,5% dos votos, quase o dobro da coalizão liderada pelo presidente Emmanuel Macron. Surpreendendo seus aliados, Macron anunciou a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de eleições legislativas para junho.
Ainda na Alemanha, a extrema direita do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em segundo nas urnas, enquanto os Conservadores (CDU e CSU) venceram a eleição. Na Áustria, o Partido da Liberdade teve 27% dos votos, dobrando sua presença no Parlamento Europeu. Na Itália, o Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, garantiu o primeiro lugar nas eleições.
Em meio a esses resultados, o Parlamento Europeu ainda mantém sua coalizão majoritária, porém com uma margem menor. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, celebrou a vitória do grupo Partido Popular da Europa, mas reconhece os desafios futuros, pois a tarefa de se manter no cargo será mais difícil.
Apesar do avanço da extrema direita, há incertezas sobre a formação de uma coalizão ampla e poderosa. A exclusão de alguns partidos desse debate político e as divergências internas entre as lideranças desses grupos podem impactar a consolidação de uma frente unida.
Em resumo, a eleição para o Parlamento Europeu marcou um avanço da extrema direita, que desafia a predominância da centro-direita e traz incertezas sobre o futuro da política europeia. Os próximos passos dos líderes e a capacidade de diálogo e cooperação entre os diferentes partidos serão determinantes para o rumo que a Europa tomará nos próximos anos.