Eleição presidencial no Irã: Conselho aprova candidatos após acidente fatal e restrições de candidatura de ex-líderes.

O Conselho Guardião do Irã anunciou no último domingo os candidatos aprovados para concorrerem à eleição presidencial de 28 de junho. Após um acidente de helicóptero que tirou a vida do presidente Ebrahim Raisi e de sete outras pessoas, o órgão aprovou o presidente do parlamento linha-dura do país, Mohammad Baqer Qalibaf, juntamente com outros cinco candidatos.

A decisão do Conselho foi vista como um marco para o início de uma campanha eleitoral que visa a substituir Raisi, que era considerado um protegido linha-dura do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. O processo de seleção dos candidatos aprovados pelo Conselho Guardião reflete a expectativa de uma eleição tranquila na teocracia xiita do Irã, após recentes pleitos terem enfrentado uma baixa participação popular.

No entanto, é importante ressaltar que mulheres e pessoas que defendam mudanças radicais na governança do país não podem concorrer nas eleições. Além disso, o contexto atual se dá em meio a tensões elevadas no cenário internacional, especialmente devido ao programa nuclear em rápida expansão do Irã e ao conflito Israel-Hamas.

A campanha eleitoral provavelmente incluirá debates televisionados ao vivo pelos candidatos na emissora estatal do Irã. Até o momento, nenhum dos candidatos ofereceu detalhes específicos sobre suas propostas, mas todos prometeram uma melhoria na situação econômica do país, impactada por sanções internacionais devido ao programa nuclear iraniano.

Entre os candidatos, Mohammed Bagher Qalibaf se destaca como o mais proeminente, tendo experiência política como ex-prefeito de Teerã. No entanto, sua participação em repressões violentas contra estudantes no passado pode gerar controvérsias.

Em um cenário de crescentes tensões com o Ocidente e conflitos regionais, a eleição presidencial no Irã se torna um ponto de destaque no cenário político global. Enquanto as investigações sobre o acidente que vitimou Raisi e outras autoridades continuam, o Irã se prepara para um novo capítulo em sua história política.

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