Nível do Rio Guaíba baixa, mas alerta de enchentes persiste no sul do RS após maior tragédia climática da história

Neste domingo (9), o nível do Rio Guaíba atingiu uma marca preocupante, registrando 2,91 metros de profundidade na região próxima à Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Essa é a menor medida desde o início de maio, quando fortes temporais atingiram o Rio Grande do Sul, provocando a maior tragédia climática da história do estado. No dia 3 de maio, as águas do rio alcançaram 5,33 metros no mesmo ponto.

Apesar da boa notícia de que o nível do rio está diminuindo, a situação ainda preocupa os moradores do extremo sul do estado. Isso porque a água do Guaíba deságua na Lagoa dos Patos antes de chegar ao Oceano Atlântico, e diversos fatores, como a direção do vento e a correnteza marítima, podem afetar a velocidade desse escoamento, podendo retardar a vazão.

A Lagoa dos Patos, por sua vez, tem apresentado uma redução gradual nos últimos dias, mas ainda se mantém acima dos níveis de inundação. A previsão de uma nova frente fria no estado e o retorno das chuvas provocam preocupação, especialmente nas regiões dos Vales, Serra, Litoral Norte e Grande Porto Alegre, alerta a Defesa Civil estadual.

Diante disso, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais emitiu um alerta de alto risco hidrológico, indicando a possibilidade de novas enchentes e inundações nas proximidades da foz da Lagoa dos Patos. O hidrólogo Pedro Camargo, da Sala de Situação do governo gaúcho, acredita que embora haja uma perspectiva de aumento nos níveis dos rios, dificilmente isso resultará em novas inundações significativas.

A Defesa Civil da cidade de São José do Norte está atenta à situação e monitora o cenário de perto. O secretário municipal de Transporte e Trânsito, Jonas Costa, enfatiza a importância de permanecer em alerta, mas ressalta que não há motivo para pânico. Apesar da redução nos níveis da lagoa, ainda há pessoas desabrigadas e estabelecimentos comerciais fechados devido às últimas chuvas, demonstrando que a situação ainda requer atenção e cuidado.

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