Apesar disso, a onda de direita radical não se concretizou completamente, uma vez que as forças centristas conseguiram resistir e manter sua posição no cenário político europeu. O Partido Popular Europeu, principal grupo de centro-direita, obteve um bom desempenho e terminou em primeiro lugar, mantendo assim seu domínio no Parlamento Europeu e crescendo em número de assentos.
No entanto, a vitória dos conservadores foi parcialmente eclipsada pelo sucesso dos partidos nacionalistas e linha-dura em vários países europeus. O grupo ultranacionalista francês Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen, obteve um apoio significativo, levando o presidente Emmanuel Macron a dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas. Da mesma forma, a Alternativa para a Alemanha (AfD) subiu para o segundo lugar nas pesquisas, superando os sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz.
Apesar desses avanços da extrema-direita, as forças centristas no Parlamento Europeu ainda mantêm uma posição consolidada. A Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas e os Liberais mantiveram sua força, embora estes últimos tenham perdido espaço. Juntos, esses grupos controlarão mais de 400 assentos no novo Parlamento, o que garante uma maioria confortável, mas que pode exigir alianças táticas para garantir a aprovação de leis.
Portanto, a resiliência eleitoral das forças centristas demonstra uma tendência de continuidade no cenário político europeu, com desafios e negociações necessárias para consolidar as decisões e avanços no Parlamento Europeu.