A resolução, liderada pelos Estados Unidos, tem como objetivo alcançar um cessar-fogo imediato e total, que inclui a libertação dos reféns. O presidente Biden endossou a proposta no mês passado, destacando a oportunidade que o Conselho de Segurança tem de falar de maneira unificada e pedir ao grupo Hamas que faça o mesmo.
O plano proposto consiste em três fases, começando com um cessar-fogo temporário e imediato, seguido pelo fim permanente da guerra e pela reconstrução de Gaza. No entanto, existem discordâncias em relação a pontos-chave, como a permanência do Hamas no controle de Gaza, algo que Israel vê como inaceitável.
A situação torna-se ainda mais complexa com a saída de um partido centrista do governo de Netanyahu, uma medida que pode complicar ainda mais as negociações de cessar-fogo. Analistas argumentam que a saída desse partido pode fortalecer os parceiros de extrema-direita na coalizão governamental, aumentando as incertezas sobre um acordo.
A proposta de cessar-fogo visa não apenas encerrar o conflito atual, mas também fornecer um plano de reconstrução plurianual apoiado internacionalmente para Gaza. No entanto, o desafio de chegar a um acordo realista é evidente, especialmente com os EUA vetando três resoluções de cessar-fogo anteriormente. A questão do controle de Gaza pelo Hamas e outras considerações continuam a complicar as negociações em andamento.