O dólar comercial encerrou a segunda-feira sendo vendido a R$ 5,357, o que representou uma alta de R$ 0,033 (+0,61%). Durante a manhã, a cotação chegou a cair para R$ 5,31, mas logo subiu, atingindo R$ 5,38 por volta das 10h30 e mantendo-se nesse patamar pelo resto do dia.
Com esse desempenho, a moeda norte-americana acumula uma valorização de 2,06% somente no mês de junho, alcançando seu valor mais alto desde janeiro do ano passado. No acumulado de 2024, a alta já atinge 10,39%.
No mercado de ações, a jornada foi marcada por altos níveis de volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 120.760 pontos, registrando uma queda mínima de 0,01%.
O foco do mercado financeiro global está voltado para os Estados Unidos nesta semana. Na quarta-feira (12), é esperado que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) mantenha as taxas de juros da maior economia do mundo no seu maior patamar em 40 anos. Os investidores aguardam com ansiedade o tom do comunicado para saber se o aumento no número de empregos pode postergar a redução das taxas para o próximo ano.
Juros elevados em economias desenvolvidas tendem a provocar a saída de capitais de países emergentes, como o Brasil. O cenário nacional tem sido ainda mais desafiador devido à queda nos preços internacionais do ferro e do petróleo, que reduzem a entrada de dólares, afetando as reservas do país.
Internamente, as discussões em torno da medida provisória que limitará as compensações do PIS e Cofins têm gerado instabilidade no mercado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que planeja negociar o texto com o Congresso e apresentar os principais pontos aos empresários.
Portanto, diante desse contexto de incerteza nos mercados nacional e internacional, os investidores seguem atentos às movimentações econômicas e políticas que podem impactar diretamente as decisões de investimento e o comportamento do dólar e da bolsa de valores nos próximos dias.