Exército israelense é acusado de se infiltrar em Gaza utilizando caminhão de ajuda humanitária durante operação de resgate de reféns.

No último sábado (10), o Crescente Vermelho palestino acusou o Exército israelense de utilizar um caminhão de ajuda humanitária para se infiltrar no campo de Nuseirat, localizado no centro de Gaza, durante uma operação que resultou na libertação de quatro reféns. De acordo com a organização humanitária, essa ação coloca em perigo a segurança das equipes que prestam assistência aos civis na região, uma vez que a população pode passar a temer a presença desses trabalhadores.

O porta-voz do Crescente Vermelho, Nebal Farsakh, declarou à AFP que essa atitude por parte do Exército israelense estabelece um precedente perigoso, prejudicando o trabalho dos profissionais humanitários no futuro. Em resposta, o Exército israelense contestou as acusações, citando uma mensagem publicada em uma rede social em 8 de junho que classificava as alegações como “mentiras”.

Os quatro reféns libertados no sábado estavam em cativeiro desde o ataque do Hamas ao sul de Israel, que deu início a um conflito armado na região. Noa Argamani, de 26 anos, Almog Meir Jan, de 22, Andrey Kozlov, de 27, e Shlomi Ziv, de 41, foram sequestrados durante um festival de música eletrônica, conhecido como Nova.

Esses eventos recentes têm gerado tensões entre as autoridades israelenses e as organizações humanitárias atuantes em Gaza. A utilização de ajuda humanitária como meio de se infiltrar em áreas de conflito coloca em risco não apenas a segurança das equipes envolvidas, mas também a confiança da população na prestação de auxílio humanitário. A busca por soluções que respeitem os princípios humanitários e garantam a segurança de todos os envolvidos se torna urgente nesse contexto conturbado no Oriente Médio.

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