O porta-voz do Crescente Vermelho, Nebal Farsakh, declarou à AFP que essa atitude por parte do Exército israelense estabelece um precedente perigoso, prejudicando o trabalho dos profissionais humanitários no futuro. Em resposta, o Exército israelense contestou as acusações, citando uma mensagem publicada em uma rede social em 8 de junho que classificava as alegações como “mentiras”.
Os quatro reféns libertados no sábado estavam em cativeiro desde o ataque do Hamas ao sul de Israel, que deu início a um conflito armado na região. Noa Argamani, de 26 anos, Almog Meir Jan, de 22, Andrey Kozlov, de 27, e Shlomi Ziv, de 41, foram sequestrados durante um festival de música eletrônica, conhecido como Nova.
Esses eventos recentes têm gerado tensões entre as autoridades israelenses e as organizações humanitárias atuantes em Gaza. A utilização de ajuda humanitária como meio de se infiltrar em áreas de conflito coloca em risco não apenas a segurança das equipes envolvidas, mas também a confiança da população na prestação de auxílio humanitário. A busca por soluções que respeitem os princípios humanitários e garantam a segurança de todos os envolvidos se torna urgente nesse contexto conturbado no Oriente Médio.