Segundo Mohapatra, esse cenário de calor intenso e prolongado tende a se tornar mais frequente se não forem tomadas medidas emergenciais para contê-lo. Ele alerta que as ondas de calor serão mais rigorosas e intensas no futuro, caso não sejam implementadas ações preventivas.
O especialista ressalta que as atividades humanas, o crescimento populacional, a industrialização e os transportes estão contribuindo para um aumento na concentração de gases de efeito estufa, como monóxido de carbono, metano e clorocarbonos. A Índia é o terceiro maior produtor mundial desses gases e tem como desafio reduzir suas emissões líquidas até 2070.
Estudos científicos mostram que a mudança climática está provocando ondas de calor mais longas, frequentes e intensas em todo o mundo. Em Nova Délhi, por exemplo, as temperaturas chegaram a atingir 49,2°C no final de maio, igualando o recorde de 2022. Essa alta temperatura tem sobrecarregado a rede elétrica local, com uma demanda de 8.302 MW.
É importante ressaltar que a ocorrência de uma estação de medição automática que registrou 52,9°C em um subúrbio de Nova Délhi foi posteriormente identificada como uma falha no sensor. No entanto, isso não diminui a gravidade e a urgência das questões relacionadas ao aumento das temperaturas e seus impactos negativos na saúde e no meio ambiente.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que haja uma mudança significativa nas políticas ambientais e energéticas da Índia, visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os efeitos das ondas de calor cada vez mais intensas e prolongadas. A população e as autoridades precisam estar atentas e prontas para lidar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas e seus impactos devastadores.