Micose sexualmente transmitida por fungo raro relatada nos EUA: médicos alertam sobre dificuldades no tratamento de infecções fúngicas.

Um novo caso de micose sexualmente transmissível causada por um fungo raro foi reportado nos Estados Unidos, marcando a primeira vez que esse tipo de infecção é identificado no país. O paciente, um homem de 30 anos, desenvolveu uma erupção cutânea vermelha e com coceira nas pernas, na virilha e nas nádegas depois de ter relações sexuais com vários parceiros durante uma viagem internacional.

Os médicos responsáveis pelo caso, da NYU Langone Health em Nova York, publicaram o relatório na JAMA Dermatology. O fungo envolvido, chamado Trichophyton mentagrophytes tipo VII, é conhecido por ser transmitido sexualmente e é considerado excepcionalmente raro. No entanto, a incidência de infecções fúngicas tem sido um desafio crescente para profissionais de saúde em todo o mundo.

O paciente recebeu vários tratamentos antifúngicos orais durante quatro meses e meio antes de se recuperar completamente. O fungo foi resistente aos medicamentos iniciais, tornando o processo de cura mais longo e complexo. Embora o caso tenha sido associado ao contato sexual, os médicos consideram a possibilidade de o fungo ter sido adquirido em uma sauna.

O autor do relatório, Avrom Caplan, destacou que a erupção causada pela micose pode ser facilmente confundida com eczema e ressaltou a importância de procurar ajuda médica caso ocorram sintomas persistentes. Além disso, ele alertou que, embora a infecção não seja fatal, pode deixar cicatrizes permanentes na pele.

Esta não é a primeira vez que Caplan identifica casos raros de micose. Em 2023, ele reportou infecções causadas por Trichophyton indotineae, que são altamente contagiosas e resistentes a medicamentos. Desde então, a NYU Langone Health identificou mais casos dessa infecção em homens e mulheres na cidade de Nova York.

Embora situações como essa sejam incomuns, a conscientização sobre infecções fúngicas e a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais para impedir a propagação desses fungos raros. A pesquisa contínua nessas áreas é essencial para entender e gerenciar eficazmente esses problemas de saúde pública.

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