Partido de extrema direita AfD afasta líder Maximilian Krah de delegação no Parlamento Europeu após série de escândalos

O partido de extrema direita AfD, conhecido como Alternativa para a Alemanha, vem enfrentando turbulências após as eleições europeias na Alemanha. Apesar de ter conquistado o segundo lugar nas eleições, a legenda decidiu afastar seu líder, Maximilian Krah, devido a uma série de escândalos, conforme anunciado nesta segunda-feira.

Maximilian Krah, um advogado de 47 anos, já havia sido afastado no final da campanha eleitoral por declarações controversas, nas quais defendia a posição de que nem todos os membros da unidade SS de elite dos nazistas eram criminosos. Essas declarações geraram polêmica e resultaram em medidas disciplinares contra ele.

Além disso, Krah também é conhecido por suas opiniões pró-China e pró-Rússia, o que levou a especulações e questionamentos sobre suas motivações políticas. Um de seus assessores no Parlamento Europeu, Jian Guo, foi preso sob suspeita de espionagem em favor da China, o que trouxe ainda mais controvérsias sobre o envolvimento de Krah com esses países.

Apesar dos escândalos e afastamentos, Maximilian Krah ainda poderá assumir seu cargo no Parlamento Europeu, já que foi eleito nas eleições de domingo. No entanto, ele não ocupará a posição sob a sigla da AfD, conforme informou um porta-voz à AFP.

A AfD obteve seu maior resultado histórico nas eleições europeias, ficando com 15,9% dos votos e conquistando o segundo lugar, atrás apenas dos conservadores da CDU/CSU. Com esse resultado, a legenda poderá contar com 15 eurodeputados, que farão parte do grupo Identidade e Democracia (ID). Este desempenho nas eleições sinaliza uma crescente influência e representatividade do partido de extrema direita no cenário político alemão.

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