Segundo a CNC, o aumento no endividamento das famílias pode ser atribuído à maior demanda por crédito, impulsionada pela redução dos juros. A queda da taxa básica de juros (Selic) vem possibilitando condições mais favoráveis para o endividamento, contribuindo para o aumento no número de famílias com dívidas.
O percentual de famílias que se consideram muito endividadas também apresentou um aumento, chegando a 17,8% em maio. Por outro lado, a inadimplência entre as famílias brasileiras se manteve estável em 28,6% no mesmo período, enquanto a porcentagem daquelas que não terão condições de pagar as dívidas diminuiu levemente, ficando em 12%.
Os principais fatores de endividamento das famílias foram o cartão de crédito, presente em 86,9% dos casos, seguido de carnês (16,2%) e crédito pessoal (9,8%). Um destaque positivo foi a redução do uso do cheque especial, que alcançou seu menor percentual desde 2010, presente em apenas 3,9% das dívidas familiares.
A projeção da CNC é que o percentual de famílias endividadas continue a crescer, chegando a 80,4% até o final do ano. Diante desse cenário, é essencial que as famílias adotem medidas de controle financeiro e busquem alternativas para reduzir o endividamento, a fim de evitar a inadimplência e potenciais impactos negativos em suas finanças.