Presidente Lula critica prolongamento da greve dos professores e afirma que montante de recursos negociados é “não recusável”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua insatisfação com a continuidade da greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais em um encontro nesta segunda-feira (10). Lula afirmou que o montante de recursos negociados com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para recuperar os salários dos docentes e servidores é considerável e não deve ser recusado.

Durante a reunião pública com reitores de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto, o presidente anunciou a liberação de R$ 5,5 bilhões em recursos do Ministério da Educação (MEC) para investimentos em obras, custeio do ensino técnico e superior, e a construção de novos campi e hospitais universitários federais.

Lula declarou que a greve tem um início e um fim, e que é necessário que as lideranças sindicais tenham a coragem de encerrar o movimento, evitando sua extinção por falta de mobilização. Ele destacou a importância de propor soluções negociadas e tomar decisões que não sejam extremistas, lembrando de sua experiência no sindicalismo.

Os professores e servidores de diversas instituições de ensino estão em greve desde meados de abril, reivindicando, entre outras demandas, o reajuste salarial de 4,5% ainda este ano. Durante o evento, dirigentes de universidades e institutos federais enfatizaram a defasagem salarial e a necessidade de valorização dos profissionais da educação.

As negociações entre as entidades sindicais e o governo continuam, com reuniões agendadas para discutir as pautas em discussão. O MGI ressaltou que as propostas não serão remuneratórias e que está empenhado em buscar uma solução para pôr fim à greve.

A proposta do governo para os próximos anos inclui aumentos graduais nos salários dos professores federais, com reajustes que variam de 13,3% a 31% até 2026. O objetivo é garantir aumentos acima da inflação e promover a valorização dos educadores. Com o reajuste linear concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total pode chegar a até 43% em quatro anos. As ofertas foram melhoradas em comparação com propostas anteriores, visando atender às demandas dos profissionais da educação e encerrar a greve que afeta inúmeras instituições de ensino em todo o país.

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