Raiva e ressentimento: esposa de refém morto no cativeiro em Gaza critica governo israelense após anúncio de liberação de outros reféns.

Há uma semana, a notícia da morte de Yoram Metzger, refém do Hamas, chocou Israel e o mundo. Sua esposa, Tami Metzger, que também foi mantida em cativeiro pelo grupo extremista, expressou sua indignação em relação ao governo israelense, afirmando que se a guerra tivesse sido interrompida, seu marido estaria vivo.

Em uma entrevista na sua casa em Kiryat Gat, no sul de Israel, Tami, uma mulher de 79 anos, revelou seu cansaço diante da situação. O anúncio da morte de seu marido, assim como de outros reféns, trouxe um misto de emoções, alegria pela libertação de alguns reféns e ressentimento por não ter recebido nenhum amparo do governo.

A filha de Tami, Ayala Metzger, indignada com a situação, realizou uma manifestação em Tel Aviv exigindo um acordo para libertar os reféns e criticando o governo. Desde o sequestro de Tami e Yoram em outubro, a situação se deteriorou, com a morte de 41 reféns e a reação de Israel com ofensivas que resultaram em milhares de mortes em Gaza.

Tami relembrou os detalhes do seu cativeiro, descrevendo as condições precárias em que vivia com outros reféns, incluindo seu marido. Mesmo com o sofrimento, ela recordou as tentativas de Yoram de aliviar a tensão com piadas. No entanto, ao ser libertada em novembro, não pôde se despedir do marido, que a encorajou a seguir em frente, sem olhar para trás.

O desfecho trágico de Yoram e dos demais reféns deixou Tami resignada, recordando com saudade a vida tranquila que levavam antes do sequestro. A luta pela libertação dos demais reféns continua, enquanto as tensões persistem na região. Mesmo diante da dor e da perda, Tami segue em frente, enfrentando a realidade que lhe foi imposta.

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