Segundo informações divulgadas, a mensagem contendo a ameaça de morte foi enviada para o e-mail institucional da deputada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com cópia para membros de sua equipe. O autor do e-mail se identificou, afirmou ser menor de idade e expressou a certeza de que não seria preso. Em meio a esse contexto tenso, Renata Souza emitiu uma nota reafirmando a gravidade do caso e pedindo por uma investigação rigorosa e ágil.
A parlamentar enfatizou a gravidade do crime contra a vida e ressaltou a importância de que a investigação seja conduzida com eficácia. As ofensas proferidas contra Renata Souza atingem não apenas a sua integridade física, mas também representam um ataque à sua pessoa enquanto mulher negra e moradora de favela, eleita com base na pauta do feminismo negro e popular.
A assessoria da deputada também compartilhou o conteúdo do e-mail, sem revelar o nome do autor para não prejudicar as investigações. O indivíduo refere-se à parlamentar de maneira racista, fazendo ameaças concretas e evidenciando um discurso de ódio.
Este não é o primeiro episódio de agressão sofrido por Renata Souza. No final do ano passado, a deputada denunciou ter sido chamada de “macaca” nas redes sociais, após levantar questões sobre o racismo algorítmico. A deputada também enfatizou a necessidade de debater os limites e o uso das novas tecnologias para evitar a propagação de estereótipos e preconceitos.
Diante desses eventos lamentáveis, a sociedade e as autoridades devem unir esforços para combater a intolerância e garantir a segurança e o respeito a todos os cidadãos, independente de sua origem, raça ou gênero. A liberdade de expressão não pode ser utilizada como desculpa para disseminar o ódio e a violência. A proteção e a promoção dos direitos humanos devem ser prioridade em nossa sociedade.
