Estudo revela que empresas próximas a áreas inundadas no RS representam 8% do emprego formal no estado, diz Banco Central

Um estudo divulgado pelo Banco Central revelou que as empresas localizadas próximas às áreas afetadas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul correspondem a 8% do emprego formal do estado. De acordo com a análise realizada por Rodrigo de Sá, técnico do departamento econômico do BC, os estabelecimentos que se encontram a menos de 500 metros da área inundada entre os dias 1º e 16 de maio foram considerados.

O estudo apontou que esse percentual foi um pouco menor na indústria de transformação, com 6%, e no comércio, com 7%, enquanto nos serviços às famílias atingiu 11%. Segundo o estudo, devido à proximidade em relação às áreas alagadas, é possível entender que essas empresas foram possivelmente inundadas durante as chuvas.

A motivação por trás do estudo foi fornecer fontes de dados alternativas para auxiliar na compreensão dos impactos econômicos da tragédia no estado. Até o momento, já foram confirmadas 173 mortes e mais de 420 mil pessoas desalojadas devido às enchentes. Rodrigo de Sá cruzou dados automáticos de satélite processados pela Nasa com o CEP dos estabelecimentos que possuíam empregados formais em dezembro de 2022, de acordo com a RAIS.

Além disso, o estudo também analisou a parcela no emprego dos estabelecimentos situados até 1 quilômetro das inundações, constatando que as empresas representavam 22% dos empregos, sendo a indústria de transformação o setor menos afetado, com 14%. A análise ressaltou as diferenças nos efeitos diretos das enchentes em diferentes localidades gaúchas, com impactos mais significativos entre Lageado e Porto Alegre, onde as empresas representavam 40% dos empregos formais em até 1 quilômetro das inundações.

Na região de Pelotas, aproximadamente 35% dos empregos nas empresas próximas às inundações foram afetados, embora a altura da água tenha sido menor em comparação com outras áreas. A análise do Banco Central evidenciou a complexidade e extensão dos impactos econômicos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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