Esse caso gerou grande repercussão na Rússia nos últimos meses. A pena para esse tipo de crime, de acordo com uma lei aprovada após a invasão russa da Ucrânia, pode chegar a até 10 anos de prisão. O julgamento de Lypkan começou em novembro nos arredores da capital russa, com a primeira audiência ocorrendo a portas fechadas e sem a presença do acusado, que já estava internado em um centro de psiquiatria a pedido da Justiça.
Em fevereiro de 2024, o tribunal anunciou o fim do processo judicial, declarando que Maxime Lypkan foi considerado relativamente incapaz de responder por suas ações por um perito médico forense. Antes de ser detido, o estudante planejou um ato de protesto chamado de “Um Ano Infernal” no aniversário da operação russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2023, que foi proibido pelas autoridades de Moscou.
Maxime Lypkan, em entrevista à Radio Free Europe, afirmou que seu protesto tinha como objetivo denunciar o que aconteceu às vítimas ucranianas em diversas cidades do país. Esse caso reascende o temor entre os opositores russos de que o governo possa retomar práticas da época da União Soviética, como a internação de dissidentes em hospitais psiquiátricos. A situação de Lypkan evidencia um cenário de repressão e falta de liberdade de expressão na Rússia.