Durante o anúncio, a ministra do MMA, Marina Silva, ressaltou a importância dessas ações para evitar a intensificação dos efeitos das mudanças climáticas na região. A Caatinga, que ocupa 12% do território brasileiro e é única no país, é considerada altamente suscetível às transformações do clima, de acordo com dados do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU.
Além disso, o MMA destacou a necessidade de combater a desertificação que atinge 13% do semiárido brasileiro, resultando na perda da biodiversidade, capacidade de serviços ecossistêmicos e produtividade do solo. Por isso, a criação de unidades de conservação e a implementação de políticas de preservação são fundamentais para a manutenção do bioma.
O programa Cisternas, retomado no ano passado, também foi mencionado como uma ação para ampliar o acesso à água para consumo e produção de alimentos, visando a segurança hídrica e alimentar, bem como a adaptação às mudanças climáticas.
Durante a Missão Caatinga, foram apresentados projetos como o Conecta Caatinga e o Projeto Arca, visando a gestão integrada da paisagem e a proteção do bioma, respectivamente. Além disso, foi lançada a Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras Sobre a Desertificação e Seca, que visa apoiar a implementação da política pública nacional.
Os cientistas interessados em participar da rede podem se inscrever no site do MMA até 10 de julho. Outro destaque foi o lançamento do livro “Manejo Florestal da Caatinga – 40 anos de experimentação”, ressaltando a importância da pesquisa e do conhecimento na preservação desse bioma único.