Durante o anúncio, a ministra do MMA, Marina Silva, ressaltou a importância de preservar a Caatinga, alertando para os impactos das mudanças climáticas na região. Segundo ela, as áreas semiáridas estão se tornando áridas, e a degradação do bioma pode agravar ainda mais o problema.
Três ampliações de unidades de conservação já estão em andamento, sendo elas no Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí; na Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte; e no Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará. Essas medidas fazem parte da Missão Climática pela Caatinga, que busca combater os efeitos das mudanças climáticas na região.
A desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro, resultando na perda total da biodiversidade e na capacidade produtiva do solo. A Caatinga, por sua vez, abriga uma biodiversidade única, com muitas espécies endêmicas. No entanto, nos últimos anos, o desmatamento na região cresceu, com um aumento de 43,3% em relação ao ano anterior.
Além dos esforços para criação e ampliação de unidades de conservação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social também retomou o Programa Cisternas no ano passado, visando ampliar o acesso à água para consumo e produção de alimentos. Esse pacto firmado com os estados do Nordeste busca promover a segurança hídrica, alimentar e a adaptação às mudanças climáticas na região.
Diversos projetos foram anunciados durante a Missão Caatinga, visando a proteção e preservação do bioma, bem como a promoção da sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas. A participação da sociedade e de pesquisadores é fundamental para o sucesso dessas iniciativas, que buscam garantir a conservação da Caatinga para as futuras gerações.