Ministério do Meio Ambiente anuncia seleção de 12 projetos para criação de unidades de conservação federais na Caatinga até 2026

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou recentemente a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma Caatinga. Esses projetos têm como objetivo aumentar em mais de um milhão de hectares as áreas protegidas no bioma, com previsão de implantação até 2026.

Durante o anúncio, a ministra do MMA, Marina Silva, ressaltou a importância de preservar a Caatinga, alertando para os impactos das mudanças climáticas na região. Segundo ela, as áreas semiáridas estão se tornando áridas, e a degradação do bioma pode agravar ainda mais o problema.

Três ampliações de unidades de conservação já estão em andamento, sendo elas no Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí; na Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte; e no Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará. Essas medidas fazem parte da Missão Climática pela Caatinga, que busca combater os efeitos das mudanças climáticas na região.

A desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro, resultando na perda total da biodiversidade e na capacidade produtiva do solo. A Caatinga, por sua vez, abriga uma biodiversidade única, com muitas espécies endêmicas. No entanto, nos últimos anos, o desmatamento na região cresceu, com um aumento de 43,3% em relação ao ano anterior.

Além dos esforços para criação e ampliação de unidades de conservação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social também retomou o Programa Cisternas no ano passado, visando ampliar o acesso à água para consumo e produção de alimentos. Esse pacto firmado com os estados do Nordeste busca promover a segurança hídrica, alimentar e a adaptação às mudanças climáticas na região.

Diversos projetos foram anunciados durante a Missão Caatinga, visando a proteção e preservação do bioma, bem como a promoção da sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas. A participação da sociedade e de pesquisadores é fundamental para o sucesso dessas iniciativas, que buscam garantir a conservação da Caatinga para as futuras gerações.

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