A denúncia da PGR, feita em maio deste ano, envolve Domingos Brasão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ), e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Eles são acusados de homicídio e organização criminosa. Segundo a procuradoria, o crime foi encomendado pelos irmãos Brazão com o objetivo de proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política de Marielle.
A denúncia foi liberada após o prazo para a defesa dos acusados se manifestar sobre as acusações. Os advogados de Domingos Brasão e Chiquinho Brazão argumentaram que a denúncia deve ser rejeitada por falta de provas e alegaram que a Suprema Corte não deveria julgar o caso devido à presença do deputado Chiquinho Brazão nas investigações.
A defesa dos acusados afirmou que os crimes imputados não têm relação com a função de deputado federal e que não há provas da ligação dos irmãos com ocupação ilegal de terrenos no Rio de Janeiro. Eles alegam que a execução de Marielle não teve como objetivo viabilizar a construção de empreendimentos, pois não houve movimentos nesse sentido ao longo de seis anos.
Com a liberação da denúncia para julgamento, o caso ganha mais um capítulo importante e aguarda-se a decisão da Primeira Turma do STF para que a justiça seja feita no caso do assassinato que chocou o país em 2018.
