Localizado no Centro Histórico da cidade, o prédio do INSS possui 25 andares e encontra-se desativado para atendimento ao público, sendo utilizado apenas como depósito pelo órgão. O objetivo do movimento, segundo declarou o deputado estadual Matheus Gomes (Psol-RS) em um vídeo publicado nas redes sociais, é oferecer abrigo para pessoas que perderam suas casas devido às chuvas e enchentes que têm afetado o Estado.
O parlamentar destacou que a iniciativa do MTST aponta para uma possível reconstrução de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, ao trazer a população trabalhadora e pobre para morar no centro da cidade e utilizar estruturas já existentes, sejam elas públicas ou privadas, além de diminuir o poder da especulação imobiliária.
A coordenadora nacional do MTST, Cláudia Ávila, ressaltou a importância da ocupação do prédio do INSS como uma forma de demonstrar que é possível construir moradias populares dignas em imóveis que não cumprem sua função social. Ela ainda enfatizou a necessidade de que essas moradias sejam construídas por meio do programa Minha Casa Minha Vida.
Os números da Defesa Civil do Rio Grande do Sul apontam que, devido às enchentes no estado, atualmente 18.854 pessoas estão em abrigos e 423.486 estão desalojadas. A situação de emergência vivenciada pela população do estado exige medidas urgentes e eficazes por parte das autoridades.
Diante desse cenário preocupante, a ocupação do prédio do INSS pelo MTST reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a habitação popular e o enfrentamento das desigualdades sociais que se acentuam em momentos de crise como o que o Rio Grande do Sul está enfrentando.
