Segundo a OIM, as nacionalidades dos migrantes não foram divulgadas, mas a agência da ONU está prestando assistência imediata aos sobreviventes. Esse não é um caso isolado, pois todos os anos dezenas de milhares de migrantes da região do Chifre da África arriscam suas vidas em viagens pelo Mar Vermelho, buscando escapar de conflitos, desastres naturais e pobreza, na esperança de chegar aos países do Golfo.
Em abril deste ano, dois naufrágios ocorreram na costa do Djibuti, resultando em dezenas de mortes. A OIM registrou 698 mortes apenas em 2023 nessa rota migratória. Aqueles que conseguem chegar ao Iêmen, um país devastado pela guerra civil, ainda enfrentam enormes desafios, já que é o país mais pobre da península arábica.
O objetivo desses migrantes é chegar a países ricos, como a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes Unidos, em busca de oportunidades de trabalho. No entanto, muitos deles enfrentam barreiras e perigos pelo caminho. Em agosto, a Human Rights Watch acusou os guardas de fronteira sauditas pelas mortes de centenas de migrantes etíopes que tentaram entrar no reino a partir do Iêmen.
Essas tragédias destacam a extrema vulnerabilidade dos migrantes e a urgência de ações para proteger suas vidas. Enquanto a OIM presta assistência aos sobreviventes desse naufrágio, o mundo precisa repensar suas políticas de migração e garantir a segurança e dignidade daqueles que buscam uma vida melhor.