Os senadores Jorge Kajuru e Romário apresentaram requerimentos para ouvir o procurador-geral do MP goiano, Cyro Terra Peres, e o promotor Fernando Martins Cesconetto, responsáveis pela operação. Durante o depoimento, Cyro Peres ressaltou a importância da capilaridade dos Ministérios Públicos e das polícias estaduais na obtenção de informações relevantes para a investigação desses crimes. Ele defendeu a criação de uma plataforma nacional para reprimir esse tipo de conduta, visando agilizar o fluxo de informações.
Além disso, os promotores destacaram avanços na legislação brasileira, como a regulamentação das apostas esportivas pela Lei 14.790 de 2023. O promotor Fernando Cesconetto ainda enfatizou a importância da adesão do Brasil à Convenção de Macolin, que trata do combate à manipulação de resultados esportivos.
A Operação Penalidade Máxima, iniciada em 2022, investiga fraudes em partidas de futebol em Goiás e já teve quatro fases. Com repercussão em diversos estados, a operação resultou na denúncia de 32 pessoas até o momento. A CPI aprovou requerimentos para ouvir os presidentes de times como o Tombense Futebol Clube e o Londrina Esporte Clube, citados em relatórios da Sportradar, contratada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para monitorar partidas.
Durante a reunião, também foram abordadas questões relacionadas às casas de apostas e aos árbitros, levantando a necessidade de regulamentação e investigação sobre possíveis envolvimentos em esquemas de manipulação. O senador Jorge Kajuru ainda mencionou a condenação de torcedores na Espanha por injúrias racistas contra o jogador Vinicius Júnior, ressaltando a importância de punições severas nesses casos.
Em suma, a reunião evidenciou a importância da cooperação interinstitucional e internacional no combate à manipulação no esporte, destacando a necessidade de medidas efetivas para garantir a integridade das competições esportivas.