A decisão de convocar eleições antecipadas veio dois dias após a vitória do partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) nas eleições europeias, obtendo 31,37% dos votos, muito à frente da aliança governista, que obteve apenas 14,60%. Este resultado inesperado levou Macron a buscar fortalecer sua posição como a opção moderada em contraposição aos “extremos”.
Com as eleições marcadas para os dias 30 de junho e 7 de julho, Macron, que não possuía maioria absoluta na Assembleia Nacional desde meados de 2022, busca consolidar uma posição de centro diante das forças mais radicais no cenário político francês. A estratégia do presidente visa destacar seu partido como a opção moderada em um contexto de polarização e aumento da influência de correntes políticas extremas.
A entrevista coletiva agendada para quarta-feira será uma oportunidade crucial para Macron apresentar suas propostas e estratégias para o futuro da França diante deste novo cenário político. A expectativa é que o presidente aborde temas como economia, segurança, imigração e relações internacionais, buscando conquistar um apoio amplo e consolidar sua liderança política em um momento de desafios e incertezas para o país.
