A mobilização para a greve ocorre após uma série de negociações fracassadas com o governo federal. Desde janeiro, os servidores têm paralisado as atividades de fiscalização, mantendo apenas as tarefas burocráticas de escritório, em busca de uma valorização da carreira ambiental.
A proposta inicial de equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas foi rejeitada pelo governo, que ofereceu um reajuste menor. Diante disso, os servidores se sentiram insatisfeitos com a proposta e decidiram pela greve. A negociação foi encerrada unilateralmente, segundo fontes próximas às conversas ouvidas pelo Estadão/Broadcast.
Uma live de orientação e mobilização dos servidores está agendada para quarta-feira (12), e a expectativa é de grande adesão, considerando que o movimento de paralisação vem se intensificando desde o início do ano.
A paralisação dos servidores pode impactar diretamente o licenciamento ambiental de grandes projetos, como os leilões de transmissão de energia e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de contribuir para o aumento do desmatamento. Mesmo antes de uma greve efetiva, cerca de 3.500 processos ativos já estão sofrendo os efeitos da mobilização.
O descontentamento dos servidores reflete não apenas a insatisfação com as condições salariais, mas também a sobrecarga de trabalho e a falta de reconhecimento profissional, o que tem levado a uma deterioração na categoria ambiental. A mobilização é vista como um último recurso para chamar a atenção do governo e buscar melhorias para a carreira dos servidores da área ambiental.