A entidade responsável por alertar as autoridades marítimas sobre barcos de imigrantes em perigo, a Caminando Fronteras, compilou esses dados a partir de uma análise detalhada das rotas migratórias seguidas pelos migrantes que buscam chegar à Espanha, partindo de locais tão distantes quanto o Senegal e a Argélia.
O aumento preocupante em relação ao ano anterior, quando 6.618 migrantes perderam suas vidas ao longo de todo o ano, evidencia a gravidade da situação. A maioria das mortes, mais de 95% do total, ocorreu enquanto os imigrantes tentavam alcançar as Ilhas Canárias cruzando o Atlântico.
Helena Maleno, fundadora da Caminando Fronteras, destacou a importância de não normalizar esses números e de disponibilizar todos os meios necessários para salvar vidas nas fronteiras. Ela ressaltou que a simples ação de não permitir que pessoas morram nessas circunstâncias pode fazer a diferença.
A Espanha, localizada no sul da Europa, é uma das principais rotas de entrada para imigrantes irregulares no continente. A rota migratória atlântica é conhecida pela periculosidade devido às correntes fortes, assim como pelos barcos sobrecarregados e sem condições adequadas para longas viagens no mar.
Com os números de imigrantes chegando à Espanha de forma irregular aumentando exponencialmente, as autoridades e organizações de direitos humanos buscam formas de lidar com essa crise humanitária e garantir a proteção e segurança dos imigrantes que arriscam suas vidas em busca de um futuro melhor.