O júri destacou que a Magnum recebeu o prêmio “por seu icônico e exigente trabalho de fotojornalismo ao longo de quase oito décadas”, no qual “guardou e transmitiu o testemunho dos eventos mais relevantes de seu tempo”. A agência, cujos fundadores incluíam Henri Cartier-Bresson, George Rodger e David Seymour, ao lado de Capa, é considerada um “exemplo de liberdade de imprensa e coragem”, segundo a decisão do júri liderado por Adrián Barbón, presidente regional das Astúrias.
Os Prêmios Princesa das Astúrias, criados em 1981 em homenagem à herdeira da Coroa espanhola, Leonor de Borbón, são dotados de 50 mil euros e de uma escultura criada pelo artista catalão Joan Miró. A Magnum surgiu após a Segunda Guerra Mundial, como um projeto idealizado por Capa e outros três sócios, com o objetivo de garantir total independência aos seus membros no exercício do fotojornalismo.
Com escritórios em Nova York, Paris e Londres, a Magnum teve suas fotografias publicadas em renomados veículos de comunicação de todo o mundo. Seus arquivos, que contam com mais de um milhão de imagens, documentam importantes eventos como a Segunda Guerra Mundial, os discursos de Malcolm X e Fidel Castro, entre outros.
A agência também criou a Fundação Magnum, em 2007, para capacitar novos fotojornalistas por meio de bolsas de estudo e promover vendas de fotografias em benefício de organizações humanitárias. A atual presidente da Magnum, Cristina de Middel, destacou que o prêmio representa um incentivo para continuar trabalhando na construção de um mundo mais justo, longe dos extremismos e do fanatismo.