De acordo com o OSDH, os militares foram surpreendidos quando adentraram em um campo minado e foram alvo de um ataque por parte do grupo EI, resultando na morte de 16 integrantes das forças do regime sírio, incluindo um oficial superior. Essa organização jihadista, que chegou a dominar extensões de território na Síria e no Iraque em 2014, proclamando um “califado” e impondo um regime de terror, continua a realizar ataques no vasto deserto sírio desde a sua derrota em 2019.
O desencadeamento da guerra na Síria em 2011, motivada pela repressão violenta contra manifestações pró-democracia, já resultou em mais de meio milhão de mortos e na fragmentação do país. Além disso, as minas terrestres representam uma ameaça significativa para a população local, exigindo um investimento de aproximadamente 26 milhões de dólares do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS) para sua remoção.
No decorrer deste ano, pelo menos 348 soldados e combatentes de grupos aliados do regime sírio foram mortos em decorrência de ataques, emboscadas e explosões provocadas pelo grupo EI, principalmente nas províncias de Deir Ezzor, Homs e Raqa, conforme relatos da OSDH. De acordo com um relatório da ONU divulgado em janeiro, estima-se que entre “3.000 e 5.000” jihadistas ainda estejam ativos no Iraque e na Síria, mantendo um “centro logístico e de operações” no deserto sírio.