Os resultados deste estudo foram apresentados durante a Reunião Científica Anual de 2024 da Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (ASMBS). De acordo com os dados analisados, intervenções no estilo de vida, como dieta e exercícios, resultaram em uma perda média de peso de 7,4%, porém esse peso tende a ser recuperado após 4 anos.
Por outro lado, o estudo mostrou que cinco meses de injeções semanais de semaglutida de GLP-1 resultaram em uma perda de peso de 10,6%, enquanto nove meses de tirzepatida produziram uma perda de peso de 21,1%. No entanto, quando o tratamento era interrompido, cerca de metade do peso perdido retornava no espaço de um ano, independentemente do medicamento utilizado.
Em contrapartida, os dados revelaram que os procedimentos de cirurgia metabólica e bariátrica, como bypass gástrico e gastrectomia vertical, demonstraram uma perda de peso total de 31,9% e 29,5% um ano após a cirurgia, respectivamente. Além disso, a perda de peso de aproximadamente 25% era mantida por até 10 anos após a realização da cirurgia.
Diante desses resultados, a cirurgiã bariátrica Marina Kurian destacou a importância da cirurgia metabólica e bariátrica como o tratamento mais eficaz e duradouro para a obesidade grave. No entanto, ressaltou que ainda é subutilizado e defendeu o papel da cirurgia no tratamento da obesidade, recomendando que seja considerada mais precocemente no processo da doença.
Em resumo, os resultados da pesquisa reforçam a eficácia da cirurgia bariátrica como uma importante ferramenta no combate à obesidade, destacando sua superioridade em relação a medicamentos e intervenções no estilo de vida. Ainda assim, é fundamental que a cirurgia seja mais amplamente utilizada para oferecer tratamentos eficazes e duradouros para pacientes com obesidade grave.
