Segundo relatos, durante a reunião que discutia a crise humanitária na Faixa de Gaza, Brunini questionou a presença de manifestantes protestando contra a ação militar de Israel, o que gerou uma tensão que culminou em um empurrão de Braga contra o outro parlamentar. O relator do processo, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), destacou que, embora não tenha havido uma tentativa de agressão física, as condutas de Braga infringiram as regras de boa conduta do Parlamento.
Após a análise do caso, o Conselho de Ética optou pelo arquivamento da representação e encaminhou a recomendação de uma sanção verbal ao presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Braga, por sua vez, demonstrou não se arrepender de suas ações, afirmando que assumirá as consequências do que for determinado. Ele argumentou que sua atitude foi uma resposta à indignação provocada pela postura de Brunini na reunião.
Por outro lado, Brunini avaliou que a decisão do Conselho de Ética reforça a importância de medidas como a suspensão cautelar do mandato de parlamentares em caso de quebra de decoro parlamentar, proposta que está em tramitação na Câmara. O deputado criticou a postura de Braga, ressaltando a necessidade de evitar confrontos físicos e garantir a ordem no ambiente legislativo.
Com esse desfecho, fica evidente a importância da atuação do Conselho de Ética e do debate sobre a conduta dos parlamentares no exercício de suas funções. O caso envolvendo Glauber Braga e Abílio Brunini levanta questões importantes sobre o respeito ao decoro parlamentar e a necessidade de medidas claras para coibir desvios de conduta no ambiente político. A decisão final caberá agora ao plenário da Câmara dos Deputados, que votará a proposta de resolução apresentada pelo presidente da Casa, Arthur Lira.