A deputada em fim de mandato Béatrice Piron, por exemplo, optou por não incluir a foto de Macron em seus cartazes de campanha, alegando que irá focar em sua posição pessoal e no apoio local, evitando assim reações negativas em relação ao presidente. Essa postura parece refletir o cenário de descontentamento com o governo de Macron, especialmente após o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) sair vitorioso nas últimas eleições europeias na França.
Diante desse contexto, Macron surpreendentemente antecipou as eleições legislativas para 30 de junho e 7 de julho, visando fortalecer sua posição e conter o avanço da oposição. No entanto, a reação dos deputados do governo não foi tão calorosa quanto o esperado, com alguns demonstrando descontentamento com a forma como a situação foi conduzida.
Macron, por sua vez, afirmou que não fará campanha nas eleições legislativas e delegará a liderança dessa tarefa ao seu primeiro-ministro Gabriel Attal. A decisão é interpretada como uma estratégia para minimizar a presença do presidente, que enfrenta uma imagem desgastada diante de parte da população francesa.
Os desdobramentos políticos na França apontam para um cenário de incertezas e mudanças, com a liderança da aliança centrista em jogo nas eleições presidenciais de 2027. A postura de Macron, bem como a reação de seus aliados, podem ter um impacto significativo no futuro da política francesa e na relação do presidente com seus eleitores. Acompanharemos de perto os desdobramentos dessa situação.