Malária atinge crianças na região amazônica brasileira, com 29% dos casos autóctones registrados em menores de 12 anos.

Durante um período de 10 anos, mais de 1,5 milhão de casos autóctones de malária foram identificados na região amazônica brasileira. Dentro desse alarmante número, 29% dos casos foram registrados em crianças de até 12 anos. Além disso, houve o registro de 73 mortes de crianças nessa faixa etária, sendo 22 delas em crianças com menos de 1 ano.

Esses dados integram a pesquisa Saúde Brasil, que foi lançada recentemente pelo Ministério da Saúde. De acordo com a avaliação feita pelo próprio ministério, a taxa de letalidade por malária na região amazônica brasileira é considerada baixa, mesmo entre as crianças.

Diante desse cenário preocupante, o Ministério da Saúde tem recomendado diversas estratégias para reduzir a incidência da doença. Uma das medidas indicadas é o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILDs), que são distribuídos gratuitamente e instalados em áreas de alta transmissão por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além disso, no que se refere ao tratamento da malária em crianças menores de 12 anos, a pasta informou que está retomando a oferta da associação artesunato + mefloquina, conhecida como ASMQ. Esse medicamento é produzido no Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A produção do ASMQ para menores de 12 anos havia sido interrompida em 2021, mas foi retomada neste ano, com a disponibilização de 254,4 mil unidades do medicamento no SUS.

Diante do aumento dos casos de malária na região amazônica e da preocupação com a incidência da doença em crianças, é essencial que medidas eficazes de prevenção e tratamento sejam amplamente divulgadas e implementadas para proteger a população mais vulnerável.

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