Ministro das Comunicações é indiciado pela PF por desvio de verbas federais da Codevasf e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre desvio de verbas federais da Codevasf e indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O relatório da investigação chegou ao gabinete do ministro Flávio Dino, do STF, nesta terça-feira, 11. As acusações contra Juscelino Filho incluem crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O indiciamento é resultado da Operação Benesse, fase ostensiva da investigação iniciada em setembro de 2023, com foco na irmã do ministro, a prefeita afastada de Vitorino Freire (MA) Luanna Rezende. A PF também tentou solicitou buscas contra Juscelino Filho, porém a solicitação foi negada pelo ministro Luis Roberto Barroso, presidente do STF.

Um ponto importante destacado durante a investigação foi o direcionamento de R$ 5 milhões do orçamento secreto pelo ministro para a prefeitura de Vitorino Freire, visando asfaltar uma estrada em frente à sua fazenda. Além disso, empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro foram beneficiadas com contratos que totalizaram mais de R$ 36 milhões.

Em uma auditoria interna da Codevasf, realizada em maio, foram encontradas irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire com recursos indicados por Juscelino Filho. A auditoria apontou pagamentos indevidos para a empresa responsável pelas obras, totalizando R$ 8,988 milhões.

A defesa do ministro ainda não se pronunciou sobre o caso. A reportagem está em busca de contato com Juscelino Filho para obter sua versão dos fatos. O espaço fica aberto para manifestações e possíveis pronunciamentos do ministro em relação às acusações formuladas pela PF.

Essa investigação demonstra a gravidade das acusações e a necessidade de apuração dos fatos para a garantia da transparência e integridade na administração pública. O desvio de verbas federais é um crime que prejudica a sociedade como um todo e é importante que casos como esse sejam tratados com rigor e responsabilidade pelas autoridades competentes.

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