A decisão de anular a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado foi tomada na terça-feira passada pelo governo, devido à constatação de que muitas das empresas vencedoras não possuíam capacidade financeira para cumprir os contratos. Diante disso, o novo edital contará com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), Advocacia-Geral da União (AGU) e Receita Federal, com o objetivo de analisar previamente as empresas participantes antes do leilão.
O leilão anterior foi marcado por conflitos de interesse, levando à renúncia do secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, devido a suspeitas relacionadas à indicação do diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão. A principal corretora do leilão, FOCO Corretora de Grãos, pertence ao empresário Robson Almeida de França, ex-assessor de Geller na Câmara, o que também levantou questionamentos.
Segundo Teixeira, a participação do presidente Lula na decisão de cancelar o leilão anterior e realizar um novo mais aprimorado, contando com a colaboração de diferentes órgãos, visa garantir bases mais sólidas para a condução do processo. A importação de arroz visa assegurar o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno, especialmente após as recentes inundações no Rio Grande do Sul.
Com o Estado sendo responsável por aproximadamente 70% do arroz consumido no país, a importação se torna uma medida estratégica para lidar com as oscilações de preço causadas por eventos climáticos. Dessa forma, o novo leilão de arroz importado surge como uma solução para garantir a oferta e manter a estabilidade do mercado de alimentos no Brasil.