O fato de Francisco dar uma palestra sobre um tema tão avançado pode surpreender à primeira vista, mas para o papa, a inteligência artificial representa um desafio crucial para a humanidade. A Igreja, através do seu conselheiro Paolo Benanti, entende a importância de discutir como essa tecnologia pode afetar a vida humana, enxergando o ser humano como centro da sua missão.
O Vaticano tem se cercado de especialistas em IA para estudar o impacto da tecnologia, especialmente em questões éticas. Neste sentido, o pesquisador britânico Demis Hassabis, diretor do Google DeepMind e membro da Pontifícia Academia das Ciências, tem sido uma figura-chave nesta empreitada.
Em 2020, o Vaticano lançou o ‘Apelo de Roma para a Ética da IA’, documento que pede transparência e respeito à privacidade no desenvolvimento e uso da tecnologia. Além disso, o papa Francisco defende uma “ética dos algoritmos” como forma de combater os perigos representados por essa inovação.
A presença do papa no G7, segundo a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, contribuirá para a definição de um marco regulatório, ético e cultural para a inteligência artificial. Francisco, com sua abordagem sensata, pretende alertar sobre os riscos da IA, sem cair no alarmismo.
Portanto, a participação do papa Francisco na cúpula do G7 é vista como uma oportunidade única para promover um debate construtivo e esclarecedor sobre a inteligência artificial, reforçando a importância de uma abordagem ética e responsável diante dessa tecnologia revolucionária.