Para os adeptos desse novo estilo de vida, há diversas razões que justificam a redução na frequência do banho e na utilização de produtos de limpeza. Katherine Ashenburg, autora do livro “The Dirt on Clean: An Unsanitized History”, argumenta que a sociedade moderna não necessita de tantos banhos como antigamente, devido aos avanços tecnológicos que reduziram a necessidade de trabalho físico.
Além disso, há a preocupação com a retenção dos óleos naturais da pele e a conservação da água, o que tem levado algumas pessoas a optarem por não tomar banho diariamente. A questão do desodorante também é abordada, com alguns indivíduos abandonando seu uso por razões de saúde ou ambientais.
Estudos recentes demonstram que a pele humana é habitada por germes benéficos que desempenham um papel importante na manutenção da saúde dermatológica. A remoção excessiva dessas bactérias pode resultar em problemas de pele, como ressecamento e eczema.
Apesar dos benefícios apontados pelos defensores dessa nova abordagem à higiene pessoal, ainda existem controvérsias e críticas em relação a essa prática. Especialistas alertam que, em determinadas situações, como durante surtos de gripe e resfriados, é necessário manter uma boa higiene para prevenir a propagação de doenças.
No entanto, a tendência de redução na frequência do banho e no uso de produtos de limpeza parece estar ganhando seguidores, especialmente entre os mais jovens. A sociedade está passando por uma reflexão sobre os padrões tradicionais de limpeza e higiene, questionando a real necessidade desses rituais no mundo contemporâneo.