Repressão policial fere cinco deputados em manifestação na Argentina durante debate crucial para o presidente Javier Milei.

Nesta quarta-feira (12), uma grande manifestação em frente ao Congresso argentino se tornou palco de violência e repressão policial. Pelo menos cinco deputados foram hospitalizados após serem atingidos por gás lacrimogêneo lançado pelas forças de segurança. Enquanto isso, no plenário do Senado, os parlamentares debatiam um projeto de lei crucial para a governabilidade do presidente Javier Milei.

A cena de violência e repressão chocou a população e parlamentares presentes. A deputada Cecilia Moreau, em entrevista à AFP, afirmou: “É um dia muito violento, em 40 anos de democracia nunca tinha visto uma repressão assim”. Segundo informações, outros 40 manifestantes precisaram de atendimento médico no local, mas não foi esclarecido o total de hospitalizados.

A polícia antidistúrbios agiu para evitar que os manifestantes se aproximassem do Congresso, que estava isolado por barricadas. Enquanto isso, os senadores discutiam a Lei de Bases, um projeto que incluía incentivos a grandes investimentos, reforma trabalhista, privatizações e uma polêmica delegação de poderes legislativos ao presidente Milei.

A oposição ao projeto se manifestava nas ruas e também dentro do Senado, com críticas à reforma trabalhista proposta, que foi vista como um retrocesso nos direitos trabalhistas. A discussão se estendeu até a madrugada e gerou protestos de diversos setores da sociedade, como organizações sociais, partidos de esquerda, aposentados e sindicatos.

O presidente Milei defendia seu pacote de reformas como necessário para impulsionar a economia do país, que enfrenta uma recessão econômica com queda na atividade industrial e no consumo. No entanto, a resistência social e política colocava em xeque a aprovação do projeto no Senado, onde o presidente contava com poucos votos a favor. A situação se mostrava tensa e incerta, com possíveis desdobramentos políticos significativos.

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